Neonazismo prolifera no mundo como um câncer, diz dirigente da ONU

Em inauguração de exposição sobre a Segunda Guerra Mundial, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou em Nova Iorque, nesta semana, que atos para lembrar o conflito nunca foram tão significativos quanto atualmente. Segundo o chefe da ONU, mais uma vez, o mundo é palco da proliferação do antissemitismo e do neonazismo, descrito por Guterres como “um câncer”. Na terça-feira (8), a rendição incondicional da Alemanha completou 73 anos. Lembrando que o confronto causou uma destruição “absolutamente inimaginável”, Guterres ressaltou que a União Soviética foi, “de longe”, o Estado com o maior número de sacríficos durante o combate aos nazistas. “Vemos um mundo em que conflitos se proliferam, em que tantas guerras estão acontecendo. Portanto, acredito que é absolutamente essencial lembrar a todos nós as lições da Segunda Guerra Mundial que, para a União Soviética, foi considerada a Grande Guerra Patriótica”, afirmou o secretário-geral durante a abertura de uma mostra na sede das Nações Unidas. Outro problema, alertou o dirigente, é o reaparecimento de mensagens neonazistas. “Vemos movimentos políticos que ou confessam sua filiação neonazista, ou no mínimo, usam a simbologia, as imagens, as palavras, como “sangue e solo”, (dos nazistas). Vemos isso ser repetido em manifestações em diferentes partes do mundo. Isso é um câncer que está começando a se espalhar novamente e acho que é nosso dever fazer todo o possível para assegurar que essa doença horrível seja curada”, enfatizou Guterres. De acordo com o secretário-geral da ONU, “a memória de todos aqueles que conseguiram derrotar o nazismo em 1954 nos permite derrotar qualquer forma de neonazismo nos dias de hoje”. “Não podemos nos esquecer do pior crime dos nazistas, que foi, é claro, o Holocausto”, lembrou o chefe do organismo internacional. Junto com o neonazismo, disseminam-se também o antissemitismo e outras formas de ódio, como a discriminação direcionada aos muçulmanos. “Eu espero sinceramente que as lições da vitória de maio nos ajudarão a derrotar o ressurgimento de ideias e convicções que eu achava que estavam enterradas para sempre. É nosso dever fazer isso porque não podemos aceitar que essas ideologias retornem”, completou Guterres. Fonte: ONUBr (#Envolverde)

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Desemprego e informalidade assolam mulheres da América Latina

Por José Manuel Salazar-Xirinachs –  Este é um artigo de opinião de José Manuel Salazar-Xirinachs, diretor regional da OIT para América Latina e o Caribe. LIMA, 2017 (IPS) – Incorporar as mulheres no mercado de trabalho da América Latina e o Caribe tem sido uma tendência constante e positiva nas últimas décadas. Porém, em 2017, em tempos do incremento de desemprego e informalidade, novamente surge a necessidade de insistir no quesito igualdade de gênero e gerar mais e melhores empregos para 255 milhões de mulheres em idade de trabalhar que moram nesta região. Cerca de metade destas mulheres, 126 milhões, já fazem parte da força laboral o qual é uma vitória ao longo dos anos, porém não podemos ficar relaxados. Durante o último ano, onde o crescimento foi lento, situações de crise econômica que impactaram a região afetaram o mercado de trabalho, com um incremento abrupto do desemprego e os indicadores de qualidade, situação que afetava mais as mulheres. A taxa de desemprego feminino chegou a níveis extremos que não eram vistos faz uma década na América Latina e o Caribe, 9,8 %, um extremo. Se a dinâmica continua nesse ritmo a taxa pode superar os 10% neste ano. O nível de desemprego das mulheres cresceu em 1,6% sobre a variação dos homens que aumentou 1,3%. Dos cinco milhões de pessoas que engrossaram as filas do desemprego, 2,3 milhões eram mulheres. É dizer, hoje existem 12 milhões de mulheres procurando emprego de forma ativa, porém não o conseguem. A participação das mulheres no mercado de trabalho aumentou no último ano. A nível nacional (rural e urbano) a taxa feminina foi de 49,3% a 49,7%. Uma boa notícia, no entanto, ainda continua inferior aos dos homens que é 74,6. O ponto negativo foi que a taxa de ocupação das mulheres, em relação a mão de obra, diminuiu 45,2% a 44,9%. No caso dos homens houve uma redução parecida, porém superior, 69,3%. O último relatório Cenário Laboral da América Latina e o Caribe da OIT (Organização Internacional do Trabalho) destacou que a menor atividade econômica reflete tendências na diminuição do número de trabalhadores registrados, aumentando os empregos informais e a redução dos salários formais. As estimativas mais recentes sobre informalidade nas mulheres indicam que cerca da metade está em condição de instabilidade laboral, baixa renda e falta de proteção aos direitos. Ao longo dos últimos anos se identificou alguns pontos a serem considerados ao analisar a participação laboral feminina. Cerca de 70% trabalha no setor de serviços e comercio onde as condições são precárias incluindo a falta de contratos. Além disso, 17 milhões de mulheres faz trabalho doméstico. São mais de 90% de pessoas dedicadas a esta atividade. Neste oficio os níveis de informalidade são muito elevados, cerca de 70%. Esta descrição do mercado feminino não estaria completa sem destacar o relatório regional sobre “Trabalho Decente e igualdade de gênero” de diversas agências das Nações Unidas apresentado em 2013, nesta região 53,7% das mulheres trabalhadoras têm mais de dez anos de educação […]

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Refugiados LGBTI temem violência

As pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transgênero e intersexuais (LGBTI) refugiadas não solicitam a ajuda que precisam, apesar de sua extrema vulnerabilidade, pelos riscos de manifestar sua identidade sexual ou de gênero. Por Lyndal Rowlands, da IPS –  Nações Unidas, 24/6/2016 – “As pessoas estão totalmente aterrorizadas em revelar sua situação, e com razão, estariam mortas, […] Continue Reading

Tratado deve ser sensível ao gênero

Por Stella Paul, da IPS –  Paris, França. 9/12/2015 – Aleta Baun, da Indonésia, é uma guerreira climática. Esta mulher de 53 anos liderou, entre 1995 e 2005, um movimento social que conseguiu fechar quatro empresas mineradoras de mármore que contaminavam o ecossistema de uma montanha que sua comunidade, na província de Timor Ocidental, considera sagrada. […] Continue Reading

COP19: Marcando o vínculo entre gênero e mudança climática

  Varsóvia, Polônia, 20/11/2013 – Ontem foi comemorado o Dia do Gênero na 19ª Conferência das Partes (COP 19) da Convenção Marco das Nações Unidas sobre Mudança Climática e muitas atividades realizadas na capital polonesa se concentraram nesse tema transversal e sua relação com a mudança climática. A jornada começou com a apresentação do Índice […] Continue Reading