Hora de elevar a ambição pela ação climática

Por IPS –  Amsterdã, Holanda, (IPS) – Nos últimos dias, vimos a decisão compreensível de adiar a conferência sobre mudança climática da ONU – COP26 – que ocorrerá em novembro. Enquanto o mundo sofre com os impactos generalizados da crise do coronavírus, é a decisão certa. O COVID-19 é uma questão global premente que está começando a prejudicar os sistemas de saúde, reduzir a produção econômica e minar os esforços para combater a pobreza e a desigualdade. São desafios que, nos próximos meses, precisarão de esforços conjuntos e colaborativos entre e dentro das nações para serem superados. Mas o que isso significa para um dos desafios mais duradouros e universais que enfrentamos – o das mudanças climáticas? O atraso da COP26 até 2021 não significa que os esforços dos países para cumprir seus compromissos com as mudanças climáticas tenham que ser suspensos. Longe disso. Cumprir o Acordo de Paris promete Assim como o coronavírus, a mudança climática é uma causa significativa de resultados reduzidos para a saúde e a riqueza em todo o mundo. Sabemos que as conseqüências das mudanças climáticas continuam aumentando, impactando desproporcionalmente as comunidades que menos contribuíram para o problema das emissões de carbono, com efeitos devastadores no meio ambiente e na biodiversidade global. Portanto, embora a reunião global da COP26 de formadores de opinião e especialistas em mudanças climáticas não ocorra neste outono na Escócia, não pode haver demora ou recuar a ambição quando se trata de ação climática. De fato, para que os países cumpram as promessas feitas no Acordo de Paris, precisamos de níveis de ambição para crescer. Uma transição verde na recuperação do COVID-19? Mesmo que os países se esforcem para conter e mitigar a crise do COVID-19, não podemos perder isso de vista. É por isso que a ação climática precisa ser mantida na corrente principal das discussões políticas – e até considerar como a fase de recuperação da pandemia, quando ocorre, pode ser implementada de uma maneira que apoie uma transição verde. A Comissão Européia já foi franca, com o vice-presidente executivo Frans Timmermans afirmando em 1º de abril que, quando se trata de lidar com as mudanças climáticas, “não desaceleraremos nosso trabalho, nacional ou internacionalmente”. Essa posição é bem-vinda – e precisamos das eco das outras grandes economias do mundo. Entrada de negócios para a solução Os esforços dos governos para combater as mudanças climáticas precisam incluir um maior envolvimento do setor privado. As empresas têm um grande papel ajudando a reduzir as emissões de carbono e contribuindo para soluções. É por isso que as práticas de negócios sustentáveis ​​precisam estar na frente e no centro dos esforços corporativos para realinhar a maneira como operam, agora e depois da pandemia. De fato, contribuir para a mitigação das mudanças climáticas faz sentido para as empresas, tanto do ponto de vista ambiental quanto econômico. O chamado investimento sustentável está em ascensão há algum tempo – e a atual crise está demonstrando por que os fatores ESG (ambientais, sociais e de governança) são […]

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Hora de elevar a ambição pela ação climática

Por IPS –  Amsterdã, Holanda, (IPS) – Nos últimos dias, vimos a decisão compreensível de adiar a conferência sobre mudança climática da ONU – COP26 – que ocorrerá em novembro. Enquanto o mundo sofre com os impactos generalizados da crise do coronavírus, é a decisão certa. O COVID-19 é uma questão global premente que está começando a prejudicar os sistemas de saúde, reduzir a produção econômica e minar os esforços para combater a pobreza e a desigualdade. São desafios que, nos próximos meses, precisarão de esforços conjuntos e colaborativos entre e dentro das nações para serem superados. Mas o que isso significa para um dos desafios mais duradouros e universais que enfrentamos – o das mudanças climáticas? O atraso da COP26 até 2021 não significa que os esforços dos países para cumprir seus compromissos com as mudanças climáticas tenham que ser suspensos. Longe disso. Cumprir o Acordo de Paris promete Assim como o coronavírus, a mudança climática é uma causa significativa de resultados reduzidos para a saúde e a riqueza em todo o mundo. Sabemos que as conseqüências das mudanças climáticas continuam aumentando, impactando desproporcionalmente as comunidades que menos contribuíram para o problema das emissões de carbono, com efeitos devastadores no meio ambiente e na biodiversidade global. Portanto, embora a reunião global da COP26 de formadores de opinião e especialistas em mudanças climáticas não ocorra neste outono na Escócia, não pode haver demora ou recuar a ambição quando se trata de ação climática. De fato, para que os países cumpram as promessas feitas no Acordo de Paris, precisamos de níveis de ambição para crescer. Uma transição verde na recuperação do COVID-19? Mesmo que os países se esforcem para conter e mitigar a crise do COVID-19, não podemos perder isso de vista. É por isso que a ação climática precisa ser mantida na corrente principal das discussões políticas – e até considerar como a fase de recuperação da pandemia, quando ocorre, pode ser implementada de uma maneira que apoie uma transição verde. A Comissão Européia já foi franca, com o vice-presidente executivo Frans Timmermans afirmando em 1º de abril que, quando se trata de lidar com as mudanças climáticas, “não desaceleraremos nosso trabalho, nacional ou internacionalmente”. Essa posição é bem-vinda – e precisamos das eco das outras grandes economias do mundo. Entrada de negócios para a solução Os esforços dos governos para combater as mudanças climáticas precisam incluir um maior envolvimento do setor privado. As empresas têm um grande papel ajudando a reduzir as emissões de carbono e contribuindo para soluções. É por isso que as práticas de negócios sustentáveis ​​precisam estar na frente e no centro dos esforços corporativos para realinhar a maneira como operam, agora e depois da pandemia. De fato, contribuir para a mitigação das mudanças climáticas faz sentido para as empresas, tanto do ponto de vista ambiental quanto econômico. O chamado investimento sustentável está em ascensão há algum tempo – e a atual crise está demonstrando por que os fatores ESG (ambientais, sociais e de governança) são […]

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Realismo Climático: A opinião pública sobre as mudanças climáticas em 39 países

Pesquisa Market Analysis, divulgação exclusiva Agência Envolverde –  Esta é a segunda parte da pesquisa elaborada pela consultoria Market Analysis, sob a coordenação de Fabián Echegaray e Murilo Urssi sobre a percepção existente em diversas regiões no mundo, inclusive no Brasil, sobre a realidade e impactos das mudanças climáticas. A pesquisa “Realismo climático no Mundo” foi realizada por meio de entrevistas online com 29.870 pessoas em 39 países nos 5 continentes. Homens e mulheres maiores de 18 anos, pertencentes a todas as classes socioeconômicas foram entrevistados durante 2019. Cotas cruzadas de idade, sexo e classe social foram estabelecidas para garantir a representatividade de todos os grupos demográficos na amostra. A primeira parte dessa pesquisa, realizada junto ao público brasileiro, apontou que 93% dos entrevistados acreditam que as mudanças climáticas são realidade e impactam as vidas das pessoas e das políticas públicas. Um dado preocupante dessa nova fase da pesquisa é que 46% dos entrevistados acreditam que já é muito tarde para agir no combate às mudanças climáticas. Outro dado que precisa de uma melhor reflexão é o fato de que os mais pobres estão mais convencidos sobre a urgência de ações contra as mudanças no clima do que as populações mais ricas. Quanto menor a riqueza per capita (associada à educação e segurança material), maior o senso de urgência e conexão dos fenômenos climáticos com suas causas e efeitos. O bem-estar material anestesia a leitura sobre as mudanças climáticas. A primeira parte pode ser lida AQUI.                  

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Realismo Climático: A opinião pública sobre as mudanças climáticas em 39 países

Pesquisa Market Analysis, divulgação exclusiva Agência Envolverde –  A primeira parte dessa pesquisa pode ser lida AQUI. Esta é a segunda parte da pesquisa elaborada pela consultoria Market Analysis, sob a coordenação de Fabián Echegaray e Murilo Urssi sobre a percepção existente em diversas regiões no mundo, inclusive no Brasil, sobre a realidade e impactos das mudanças climáticas. A pesquisa “Realismo climático no Mundo” foi realizada por meio de entrevistas online com 29.870 pessoas em 39 países nos 5 continentes. Homens e mulheres maiores de 18 anos, pertencentes a todas as classes socioeconômicas foram entrevistados durante 2019. Cotas cruzadas de idade, sexo e classe social foram estabelecidas para garantir a representatividade de todos os grupos demográficos na amostra. A primeira parte dessa pesquisa, realizada junto ao público brasileiro, apontou que 93% dos entrevistados acreditam que as mudanças climáticas são realidade e impactam as vidas das pessoas e das políticas públicas. Um dado preocupante dessa nova fase da pesquisa é que 46% dos entrevistados acreditam que já é muito tarde para agir no combate às mudanças climáticas. Outro dado que precisa de uma melhor reflexão é o fato de que os mais pobres estão mais convencidos sobre a urgência de ações contra as mudanças no clima do que as populações mais ricas. Quanto menor a riqueza per capita (associada à educação e segurança material), maior o senso de urgência e conexão dos fenômenos climáticos com suas causas e efeitos. O bem-estar material anestesia a leitura sobre as mudanças climáticas. A primeira parte pode ser lida AQUI.                  

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Desertificação, Degradação do Solo e Mudança Climática andam de mãos dadas

Por By Desmond Brown, IPS –  GEORGETOWN, 28 de janeiro de 2019 (IPS) – A ligação entre a desertificação, a degradação da terra e mudanças climáticas está entre as várias questões que ocupam a atenção das 197 Partes da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD) para os próximos três dias. A Guiana, um país membro da Comunidade do Caribe (CARICOM), está organizando a 17ª Sessão do Comitê para a Revisão da Implementação da UNCCD (CRIC 17) de 28 a 30 de janeiro. É a primeira reunião de um órgão subsidiário da UNCCD a ser realizada no Caribe de língua inglesa. Troy Torrington, diretor de assuntos multilaterais e globais do Ministério das Relações Exteriores da Guiana, disse que a reunião é importante para o Caribe, pois destacará o papel da terra no combate ao desafio climático. “É fundamental colocar maior ênfase na terra se quisermos ter sucesso em enfrentar o desafio climático global”, disse Torrington à IPS. “De fato, a terra tem várias contribuições importantes para o clima. Um dos principais deles é em termos do sequestro de carbono. O sequestro de carbono enriquece a terra. . . e com um bom planejamento, gerenciamento e práticas de uso da terra, você pode de fato avançar significativamente as soluções para o desafio climático global ”. Em 2009, a Guiana fez um acordo com a Noruega, onde o país nórdico concordou em pagar até US $250 milhões ao longo de cinco anos se a Guiana mantivesse sua baixa taxa de desmatamento. Foi a primeira vez que um país desenvolvido, consciente de suas próprias emissões de dióxido de carbono, pagou a um país em desenvolvimento para manter suas árvores no solo. Sob a iniciativa, desenvolvida pelas Nações Unidas e chamada de REDD + (para Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), a Guiana conseguiu continuar explorando enquanto a biodiversidade estiver protegida. Melchiade Bukuru, chefe do escritório de ligação da UNCCD em Nova York, concorda com Torrington sobre a questão do sequestro, observando que o carbono, que outrora pertenceu e serve como fertilizante no solo, é um poluidor no ar. Ele disse que, para alcançar a Neutralidade da Degradação do Solo (LDN), cerca de 500 milhões de acres de terra degradada devem ser recuperados e tornados férteis novamente. “A menos que aproveitemos a capacidade de nosso solo para sequestrar carbono, para trazer de volta o carbono aonde ele pertence, não seremos capazes de atingir nem mesmo a meta da UNFCCC de 2° C”, disse Bukuru. A UNFCCC ou a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima é um tratado global intergovernamental formado para tratar da mudança climática. A Conferência das Partes (COP), o mais alto órgão de decisão da Convenção, se reúne anualmente para discutir o progresso e adotar novas decisões no combate às mudanças climáticas. Na COP21, foi formado o Acordo de Paris, que se comprometeu a manter o aumento da temperatura média global bem abaixo de 2° C, a prosseguir esforços para limitar o aumento a 1,5° C e a […]

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Desertificação, Degradação do Solo e Mudança Climática andam de mãos dadas

Por By Desmond Brown, IPS –  GEORGETOWN, 28 de janeiro de 2019 (IPS) – A ligação entre a desertificação, a degradação da terra e mudanças climáticas está entre as várias questões que ocupam a atenção das 197 Partes da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD) para os próximos três dias. A Guiana, um país membro da Comunidade do Caribe (CARICOM), está organizando a 17ª Sessão do Comitê para a Revisão da Implementação da UNCCD (CRIC 17) de 28 a 30 de janeiro. É a primeira reunião de um órgão subsidiário da UNCCD a ser realizada no Caribe de língua inglesa. Troy Torrington, diretor de assuntos multilaterais e globais do Ministério das Relações Exteriores da Guiana, disse que a reunião é importante para o Caribe, pois destacará o papel da terra no combate ao desafio climático. “É fundamental colocar maior ênfase na terra se quisermos ter sucesso em enfrentar o desafio climático global”, disse Torrington à IPS. “De fato, a terra tem várias contribuições importantes para o clima. Um dos principais deles é em termos do sequestro de carbono. O sequestro de carbono enriquece a terra. . . e com um bom planejamento, gerenciamento e práticas de uso da terra, você pode de fato avançar significativamente as soluções para o desafio climático global ”. Em 2009, a Guiana fez um acordo com a Noruega, onde o país nórdico concordou em pagar até US $250 milhões ao longo de cinco anos se a Guiana mantivesse sua baixa taxa de desmatamento. Foi a primeira vez que um país desenvolvido, consciente de suas próprias emissões de dióxido de carbono, pagou a um país em desenvolvimento para manter suas árvores no solo. Sob a iniciativa, desenvolvida pelas Nações Unidas e chamada de REDD + (para Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), a Guiana conseguiu continuar explorando enquanto a biodiversidade estiver protegida. Melchiade Bukuru, chefe do escritório de ligação da UNCCD em Nova York, concorda com Torrington sobre a questão do sequestro, observando que o carbono, que outrora pertenceu e serve como fertilizante no solo, é um poluidor no ar. Ele disse que, para alcançar a Neutralidade da Degradação do Solo (LDN), cerca de 500 milhões de acres de terra degradada devem ser recuperados e tornados férteis novamente. “A menos que aproveitemos a capacidade de nosso solo para sequestrar carbono, para trazer de volta o carbono aonde ele pertence, não seremos capazes de atingir nem mesmo a meta da UNFCCC de 2° C”, disse Bukuru. A UNFCCC ou a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima é um tratado global intergovernamental formado para tratar da mudança climática. A Conferência das Partes (COP), o mais alto órgão de decisão da Convenção, se reúne anualmente para discutir o progresso e adotar novas decisões no combate às mudanças climáticas. Na COP21, foi formado o Acordo de Paris, que se comprometeu a manter o aumento da temperatura média global bem abaixo de 2° C, a prosseguir esforços para limitar o aumento a 1,5° C e a […]

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Rise for Climate uniu o planeta para real condição climática

No dia 8 de setembro, milhares de pessoas participaram de centenas de ações criativas e coordenadas em todo o mundo sob a bandeira da mobilização internacional ‘Una-se pelo Clima’ (ou Rise for Climate, em inglês). O objetivo é dar visibilidade aos crescentes impactos do aquecimento global ao meio ambiente e às populações, e chamar atenção para a necessidade de uma liderança climática real. Os ativistas apresentarão soluções lideradas por suas próprias comunidades para a crise do clima, e exigirão mais ambição dos líderes políticos e tomadores de decisão reunidos na Cúpula Global de Ação Climática, que acontecerá no dia 12 de setembro em São Francisco, Califórnia. A mobilização já conta com mais de 470 ações confirmadas, com a participação de mais de 320 grupos e organizações parceiras distribuídas em mais de 70 países. Nações das ilhas do Pacífico irão demandar às suas instituições locais que se comprometam com energias 100% renováveis; comunidades afetadas na Tailândia marcharão do lado de fora da conferência da ONU sobre mudança climática em Bangcoc para garantir que os negociadores ouçam a mensagem do povo; em toda a África serão realizadas mini-cúpulas climáticas para pressionar os líderes locais a migrar para sistemas de energia justos para todo o continente; na América Latina, diversas comunidades irão se erguer contra o uso de técnicas perigosas de extração de combustíveis fósseis, como o fracking; grupos na Europa também desafiarão suas autoridades locais a abandonar as fontes poluentes e acelerar uma transição justa e rápida para energias 100% renováveis, livres e acessíveis para todos. Na América Latina e Caribe já foram confirmadas cerca de 40 ações, que vão desde uma grande marcha em Bogotá, Colômbia; um fórum acadêmico na Universidade de Cuenca e um encontro no Parque Calderón, no Equador; uma mobilização nacional indígena em Asunción, no Paraguai; uma bicicletada com centenas de pessoas em Cumaná, na Venezuela; uma reunião internacional sobre os impactos do fracking em Mendoza, Argentina; além de exposições, exibição de filmes, grafite e projeções de artivismo em diversas capitais. Outras localidades já confirmadas são Rio de Janeiro, Florianópolis e interior de São Paulo, no Brasil; Iquitos e Lima, no Peru; Buenos Aires, Argentina; Salto, no Uruguai; Barranquilla, Cali e Nariño, na Colômbia; Cochabamba e La Paz, na Bolívia; Santiago, Chile; além de ações no Suriname, Haiti e Barbados. As pautas locais vão desde os perigos da exploração de petróleo e gás para comunidades tradicionais e áreas protegidas, riscos do fracking para o Aquífero Guarani e as economias locais, e a proteção de defensores ambientais ameaçados em áreas rurais. As atividades da mobilização serão altamente visuais e criativas, com a participação de artistas renomados localizados no Brasil, Colômbia, Canadá, Samoa, Nova Zelândia, Ucrânia, Portugal, Holanda, Uganda e Indonésia, bem como grupos comunitários em todo o planeta. A diversidade do movimento mostra que as mudanças climáticas não respeitam barreiras linguísticas, culturais, religiosas ou geográficas, e visa reforçar que é possível construir uma onda de apoio à verdadeira liderança climática, aumentar a pressão sobre os líderes nacionais que estão aquém dos seus compromissos e garantir […]

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Pesquisa mostra que poluição atmosférica afeta drasticamente alimentos

Níveis crescentes de dióxido de carbono (CO2) da atividade humana estão tornando culturas básicas, como arroz e trigo, menos nutritivos e poderiam levar 175 milhões de pessoas à deficiência em zinco e 122 milhões de pessoas deficientes em proteína até 2050, de acordo com pesquisa liderada pela Harvard T.H. Chan School of Public Health. O estudo também descobriu que mais de 1 bilhão de mulheres e crianças podem perder uma grande quantidade de sua ingestão dietética de ferro, o que as colocaria em maior risco de anemia e outras doenças. “Nossa pesquisa deixa claro que as decisões que estamos tomando todos os dias – o que comemos, como nos movimentamos, o que escolhemos comprar – estão tornando nossos alimentos menos nutritivos e pondo em perigo a saúde de outras populações e gerações futuras”, disse Sam Myers, principal autor do estudo e principal pesquisador da Harvard Chan School. O estudo foi publicado on-line em 27 de agosto de 2018 na Nature Climate Change. Atualmente, estima-se que mais de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo sejam deficientes em um ou mais nutrientes. Em geral, os seres humanos tendem a obter a maioria dos principais nutrientes a partir de plantas: 63% da proteína da dieta humana vem de fontes vegetais, bem como 81% do ferro e 68% do zinco. Foi mostrado que níveis atmosféricos mais elevados de CO2 resultam em colheitas menos nutritivas, com concentrações de proteína, ferro e zinco 3% -17% menores quando as lavouras são cultivadas em ambientes onde a concentração de CO2 é de 550 partes por milhão (ppm), na comparação com lavouras cultivadas em condições atmosféricas nas quais os níveis de CO2 estão pouco acima das 400 ppm. Para este novo estudo, os pesquisadores procuraram desenvolver a análise mais robusta e precisa da carga global para a saúde de mudanças nutricionais causadas pelo CO2 em lavouras em 151 países. Para fazer isso, eles criaram um conjunto unificado de premissas em todos os nutrientes e usaram dados mais detalhados do fornecimento de alimentos de acordo com idade e sexo para obter estimativas mais precisas dos impactos em 225 diferentes alimentos. O estudo baseou-se em análises prévias dos pesquisadores sobre deficiências nutricionais relacionadas ao CO2, que analisaram um número menor de alimentos e de países. O estudo mostrou que em meados deste século, quando as concentrações de CO2 na atmosfera devem atingir cerca de 550 ppm, 1,9% da população global – ou cerca de 175 milhões pessoas, com base em estimativas da população para 2050 – poderiam ter deficiência em zinco e que 1,3% da população global, ou 122 milhões de pessoas, pode se tornar deficiente em proteína. Além disso, 1,4 bilhão de mulheres em idade fértil e crianças menores de 5 anos que já se encontram atualmente em alto risco de deficiência de ferro, poderiam ter sua ingestão de ferro na dieta reduzida em 4% ou mais. Os pesquisadores também enfatizaram que bilhões de pessoas atualmente vivem com deficiências nutricionais provavelmente veriam suas condições piorarem como resultado de […]

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Mudança climática é a grande ameaça à humanidade, alerta ONU

Nenhum outro desafio em escala global é tão ameaçador quanto as mudanças do clima, afirmou o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, em uma conferência sobre ação climática neste mês. O chefe da ONU reiterou sua convicção que o aquecimento global resulta em uma “ameaça existencial” para a humanidade. Tanto liderança quanto inovação são essenciais para ação contra a mudança global do clima, afirmou Guterres em seu discurso na ‘R20 Austrian World Summit’, uma iniciativa de longo prazo para auxiliar regiões, países e cidades a implementar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e alcançar as metas do Acordo de Paris. O chefe da ONU reforçou que “devemos utilizar todos os nossos recursos para construir um sentido de urgência”. Guterres também mencionou a importância por prezar pela contenção do aumento das temperaturas em no máximo 1,5 grau célsius. O secretário-geral afirmou que existem razões para manter a esperança, declarando que “o mundo está vendo uma onda de ações contra as mudanças climáticas”. Guterres citou exemplos como a construção de uma fazenda solar no Marrocos “do tamanho da cidade de Paris, que irá gerar eletricidade para milhões de lares até 2020”, e da conquista da China, que já ultrapassou seu objetivo de produzir 105 gigawatts de energia solar até 2020. “Nós devemos nos basear nisso”, enfatizou o chefe da ONU, destacando o modo como a energia renovável, responsável pela produção de um quinto da eletricidade no mundo, também possui benefícios significativos à saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) relatou que mais de 80% dos habitantes de regiões urbanas são expostos a ar de baixa qualidade. “Investimentos em infraestrutura limpa e verde precisam ser realizados em uma escala maior em todo o mundo”, explicou. “Para tanto, precisamos de lideranças do ramo das finanças e investimentos, e que governos locais, regionais e nacionais decidam por grandes planos de infraestrutura nos próximos anos.” O secretário-geral encorajou líderes do setor privado presentes na conferência, que contou com o apoio da Assembleia Geral da ONU, a anunciar novos financiamentos a projetos de energia limpa. Embora os 30 membros da Agência Internacional de Energia (AIE), um organismo internacional multilateral, estimem que os investimentos realizados em energia renovável no ano de 2017 tenham sido de cerca de 242 bilhões de dólares, essa quantia ainda foi consideravelmente inferior ao montante investido no desenvolvimento de combustíveis fósseis. Bilhões de dólares ainda precisam ser direcionados a estratégias renováveis para garantir uma “transição para energia limpa em grande escala” até o ano de 2020, de acordo com Guterres. Além disso, mais de 75% da infraestrutura necessária até 2050 ainda não foi construída. “Mobilizar e equipar governos locais com a capacidade e financiamento para acelerar a ação contra mudanças climáticas é necessário se quisermos dobrar a curva de emissão de gases de efeito estufa”, declarou. Notando que as mudanças climáticas continuam a acontecer mais rápido que a implementação de políticas para controlá-las, o chefe da ONU fez menção ao Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC): “Quanto mais interferirmos em nosso clima, mais severos serão […]

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