Uma Chance para a Esperança, por José Graziano

Por José Graziano da Silva, diretor-geral da FAO* Em 2016, depois de mais de uma década de sucessivos recuos que reduziram a população subalimentada do planeta, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) constatou uma inflexão ascendente. No seu último relatório “O Estado da Segurança Alimentar e a Nutrição no Mundo”, a FAO contabilizou um acréscimo de quase 40 milhões de vidas capturadas pela engrenagem da fome, elevando-se o total global de 777 milhões (em 2015) para 815 milhões de pessoas (em 2016). O rebote da fome no mundo não pode ficar sem resposta e a hora de construí-la não admite protelações. Esse jogo não terminou. Ele está sendo jogado nesse momento em vários pontos do planeta, com resultados que se alteram a cada minuto. O saldo traduz o ocaso de milhões de vidas humanas. A omissão diante de um retrocesso ainda reversível, a um custo ainda irrisório, seria descabida em qualquer circunstância. Mais ainda agora, quando finalmente avolumam sinais de uma retomada econômica global. A experiência ensina que um ciclo de alta da economia facilita, mas não corrige sozinho as perdas e danos da etapa negativa que o precedeu. A qualificação do crescimento em desenvolvimento para toda a sociedade persiste como um apanágio das políticas públicas e da ação coordenada de instituições voltadas à cooperação internacional. No entanto, o que se passa hoje é mais complicado do que simplesmente resgatar o que se perdeu. A retomada em curso talvez não produza um novo e abrangente ciclo de expansão do emprego associado a vagas de qualidade, com ganhos reais de poder de compra por um longo período. Ao declínio do emprego na década crítica iniciada em 2008, soma-se agora um inédito degrau de automação trazido pela quarta revolução industrial. O conjunto maximizará a produtividade, mas também o desafio histórico de redistribuir a riqueza por ela gerada. É nessa fronteira de múltiplas encruzilhadas que a FAO constrói um repto à inquietante recidiva da fome na atualidade. Um bilhão de dólares em contribuições internacionais pode salvar 30 milhões de vidas em 26 países e reverter o núcleo duro da insegurança alimentar em nosso tempo. O apelo encerra múltiplas dimensões. Se a cooperação internacional não for capaz disso, que chance terá a meta do desenvolvimento sustentável na equação do clima no século XXI, como previsto no Acordo de Paris? Que espaço restará à meta daí inseparável de zerar a fome e a pobreza extrema nos próximos doze anos, com base em novos padrões produtivos previstos nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável? A agenda da FAO em 2018 está integralmente centrada na construção cooperativa das respostas a essas perguntas, que vão selar o destino do século XXI. Não se trata apenas de acudir a emergência. As causas da fome precisam ser compreendidas para que se possa agir com a rapidez necessária no presente e prevenir réplicas no futuro. A fome no século XXI deixou de ser um alvo estático. Há tempos não se traduz a fome por escassez de alimento, […]

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Dia Mundial da Água terá tema ‘A Resposta Está na Natureza’

Lembrado anualmente pela ONU em 22 de março, o Dia Mundial da Água terá como tema, em 2018, o uso de soluções baseadas no meio ambiente para resolver problemas de gestão dos recursos hídricos. Com a campanha “A resposta está na natureza”, as Nações Unidas abordarão como estratégias de preservação e restauração ambiental podem proteger o ciclo da água e melhorar a qualidade de vida da população. Atualmente, 1,8 bilhão de pessoas consomem água de fontes que não são protegidas contra a contaminação por fezes humanas. Mais de 80% das águas residuais geradas por atividades do homem — incluindo o esgoto caseiro — são despejadas no meio ambiente sem ser tratadas ou reutilizadas. Até 2050, a população global terá aumentado em 2 bilhões de indivíduos, e a demanda por água poderá crescer até 30%. A agricultura é responsável por 70% do consumo de recursos hídricos — a maior parte vai para a irrigação das plantações. A participação do setor agrícola aumenta em áreas com maior densidade populacional e falta d’água. O campo é seguido pela indústria, que responde por 20% da água utilizada em atividades humanas. O uso doméstico representa apenas 10% do consumo total, e a proporção de água potável que é bebida pela população equivale a menos de 1%. Com as transformações do clima e a manutenção de padrões insustentáveis de produção, a poluição e a desigualdade na distribuição vão se agravar, bem como os desastres associados à gestão da água. Hoje, 1,9 bilhão de indivíduos vivem em áreas que poderão ter escassez severa de água. Até 2050, o número pode chegar a cerca de 3 bilhões. A quantidade de pessoas em zonas de risco para enchentes também aumentará, passando do atual 1,2 bilhão para 1,6 bilhão, o que representará 20% da população mundial em 2050. Aproximadamente 1,8 bilhão de pessoas já são afetadas pela degradação da terra e pelo fenômeno conhecido como desertificação. Anualmente, a erosão do solo desloca de 25 bilhões a 40 bilhões de toneladas de camadas vegetais — o que reduz de forma significativa a produção das safras e a capacidade da terra de regular quantidades de água, carbono e nutrientes. Os rejeitos escoados do solo erodido, contendo nitrogênio e fósforo, são um dos principais poluentes dos recursos hídricos. Fonte ONUBr (#Envolverde)

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Índia sedia celebrações oficiais da ONU no Dia Mundial do Meio Ambiente

Com o tema “Acabe com a Poluição por Plástico”, a data — lembrada anualmente em 5 de junho — será observada pelas Nações Unidas com um chamado a governos, setor privado e indivíduos para que reduzam a produção e o consumo excessivo de produtos plásticos descartáveis. Por ano, são consumidas 500 bilhões de sacolas plásticas em todo o planeta. Ao longo da última década, a humanidade produziu mais plástico do que em todo o século passado. Por minuto, são compradas 1 milhão de garrafas plásticas. A ONU Meio Ambiente e o governo da Índia anunciaram que em 2018 o país asiático sediará as celebrações globais do Dia Mundial do Meio Ambiente, lembrado em 5 de junho. Com o tema “Acabe com a Poluição por Plástico”, a data será observada pelas Nações Unidas com um chamado a governos, setor privado e indivíduos para que reduzam a produção e o consumo excessivo de produtos plásticos descartáveis. Por ano, são consumidas 500 bilhões de sacolas plásticas em todo o planeta. Ao longo da última década, a humanidade produziu mais plástico do que em todo o século passado. Por minuto, são compradas 1 milhão de garrafas plásticas. “A filosofia e o estilo de vida da Índia estão há muito tempo fundamentados no conceito de coexistência com a natureza. Estamos comprometidos em fazer do planeta Terra um lugar mais limpo e mais verde”, afirmou o ministro do Meio Ambiente indiano, Harsh Vardhan. O dirigente defendeu que cada cidadão de cada país se empenhe para praticar pelo menos uma “boa ação ecológica” por dia. Metade do plástico consumido por humanos é de uso único ou descartável. Anualmente, pelo menos 8 milhões de toneladas de plástico vão parar nos oceanos — é como se despejássemos a cada minuto nos mares a carga inteira de um caminhão de lixo em plástico. O material representa atualmente 10% de todos os resíduos gerados pelo homem. Para reduzir a fabricação e a utilização desenfreadas de produtos com plástico, a Índia liderará as iniciativas do Dia Mundial do Meio Ambiente, com a organização de mutirões de limpeza em áreas públicas, reservas nacionais, florestas e praias. O objetivo dos eventos é despertar o interesse e a mobilização da população. Com isso, a nação asiática busca dar exemplos para todo o mundo de como acabar com a poluição por plástico. A Índia já tem uma das mais altas taxas de reciclagem do mundo. “O país demonstrou uma tremenda liderança global no que diz respeito às mudanças climáticas e à necessidade de mudar para uma economia de baixo carbono. A Índia agora ajudará a estimular ações maiores contra a poluição por plástico. Trata-se de uma emergência global que afeta todos os aspectos de nossas vidas. Está na água que bebemos e na comida que comemos. Está destruindo nossas praias e oceanos. A Índia estará liderando o movimento para salvar nossos oceanos e nosso planeta”, afirmou o diretor-executivo da ONU Meio Ambiente, Erik Solheim. Fonte: ONUBr (#Envolverde)

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O Dia Mundial das Abelhas é estabelecido pela ONU como 20 de maio

O próximo 20 de maio será observado pela ONU como o Dia Mundial das Abelhas. A data foi adotada por consenso entre os países membros e proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas para lembrar a importância da polinização para o desenvolvimento sustentável. Insetos podem visitar cerca de 7 mil flores por dia, atuando como agentes fundamentais ao equilíbrio dos ecossistemas. Animais também são fonte de mel e outros produtos que dão oportunidade de sustento para agricultores. As abelhas e outros polinizadores — como as mariposas, morcegos e pássaros — permitem a reprodução de diferentes espécies de plantas, incluindo de vegetais consumidos como alimento pelos seres humanos. O 20 de maio foi escolhido para a data por ser o dia do nascimento de Anton Janša, esloveno nascido no século XVIII que foi pioneiro na criação e uso de técnicas modernas de apicultura. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) já desenvolve atividades de capacitação em apicultura no âmbito de diferentes projetos de desenvolvimento rural, do Azerbaidjão ao Níger. A agência da ONU está liderando a criação de uma base de dados sobre os serviços de polinização prestados pelas abelhas e outros animais a nível global. Uma das vantagens do investimento nas cadeias produtivas associadas às abelhas é o uso reduzido de capital e de propriedade de terra. Atualmente, os polinizadores não apenas contribuem com a segurança alimentar, uma vez que são fomentadores da vida vegetal, como também atuam como sentinelas do meio ambiente, pois variações de seu comportamento indicam ameaças emergentes e desequilíbrios nos ecossistemas. Insetos invasores, pesticidas, mudanças no uso da terra e a prática da monocultura reduzem os nutrientes disponíveis na natureza e representam uma ameaça às colônias de abelhas. Saiba mais sobre a iniciativa World Bee Day (conteúdo em inglês), encabeçada pela Eslovênia e que deu origem à campanha pela data em homenagem aos polinizadores. fonte: Associação Brasileira de Estudos das Abelhas (#Envolverde)

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EUA retiram apoio ao Fundo de Populações da ONU

Por Tharanga Yakupitiyage, da IPS/Envolverde Os Estados unidos cancelaram qualquer tipo de ajuda ao Fundo de Populações das Nações Unidas (UNFPA). Essa agência trabalha em temas como saúde sexual e reprodutiva em cerca de 150 países. Essa decisão se baseou em uma falsa acusação, segundo o Fundo, de que a organização apoia ou participa de […]

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Risco de nova guerra na República Democrática do Congo

Por Tharanga Yakupitiyage, da IPS Nações Unidas – Os corpos dois funcionários das Nações Unidas e sua equipe de trabalho que estavam atuando na República Democrática do Congo foram encontrados duas semanas depois de serem dados como desaparecidos. Ao todo, além dos funcionários da ONU estavam um interprete e três motoristas. As Nações Unidas e […]

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Igualdade de gênero será prioridade na ONU

Por Lyndal Rowlands, da IPS –  Nações Unidas, 14/12/2016 – Uma das “prioridades claras” do próximo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, após assumir o cargo em janeiro de 2017, será concretizar a igualdade de gênero dentro do fórum mundial. Guterres, empossado formalmente no cargo em ato realizado no dia 12, na sede […]

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ONU pede desculpas por surto de cólera

Por Tharanga Yakupitiyage, da IPS –  Nações Unidas, 5/12/2016 – Pela primeira vez, a Organização das Nações Unidas (ONU) emitiu um pedido formal de desculpas pelo papel que desempenhou no foco de cólera que atingiu o Haiti em 2012, e anunciou novas medidas para ajudar a enfrentar a crise de saúde pública que foi criada. O […]

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ONU deve combater evasão fiscal

Por Tharanga Yakupitiyage, da IPS –  Nações Unidas, 28/10/2016 – Alfred de Zayas, especialista independente da Organização das Nações Unidas (ONU), pediu à comunidade internacional que combata a evasão fiscal e acabe com os paraísos fiscais que privamde recursos essenciais a proteção dos direitos humanos e o desenvolvimento mundial. “A ONU já não deve tolerar o […]

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Desafios do novo secretário-geral da ONU

Por Lyndal Rowlands, da IPS –  Nações Unidas, 7/10/2016 – Assuntos complexos e de difícil solução esperam o nono secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), e o português António Guterres é o preferido pelo Conselho de Segurança, de 15 membros, para estará frente do fórum mundial. “Temos um claro favorito e seu nome é António […]

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